Colunista semanal. Todas as terças no educultirsão!

terça-feira, 6 de maio de 2008

Resolução de problemas: o motor propulsor do saber escolar da matemática

Duas variáveis podem ser destacadas após analisar o discurso científico e educacional: o tempo didático e o tempo de aprendizagem.
O tempo didático é classificado como o tempo marcado nos programas escolares e nos livros didáticos, com o objetivo de cumprir uma exigência legal. Este tempo prevê um caráter cumulativo e irreversível para formalizar o saber escolar, implicando que é sempre possível enquadrar a aprendizagem deste saber escolar em um determinado espaço de tempo. Existe uma crença de que é possível comparar a aprendizagem à linearidade da apresentação do saber matemático, como se ela fosse sempre seqüencial, lógica, puramente racional e organizada através de uma lista de conteúdos.
O tempo de aprendizagem é classificado como o tempo necessário para o aluno superar os bloqueios e atingir uma nova posição de equilíbrio, sendo que está mais vinculado com as rupturas e conflitos do conhecimento, exigindo uma permanente reorganização de informações, caracterizando a complexidade do ato de aprender. Este tempo, ao contrário do tempo didático, não é seqüencial e linear, uma vez que é sempre necessário retomar concepções precedentes para transformá-las, sem esquecer que cada sujeito (aluno) possui o seu próprio ritmo para conseguir fazer isto.
Esses dois tempos podem ser bem compreendidos através de uma especificidade do ensino da matemática, a resolução de problemas, a qual caracterizo como o motor propulsor do saber escolar da matemática. O problema sempre envolve uma relação entre o que já se encontra assimilado e o novo conhecimento. A partir daí, para ocorrer à aprendizagem, é preciso que ocorra a superação das contradições existentes na dialética entre o novo e o antigo. Porém, essa superação não é mensurável em termos quantitativos e definitivos, fazendo com que um determinado conteúdo permaneça como um bloqueio para o aluno, mesmo após muito tempo em que lhe foi apresentado. Este é o caso em que o aluno carrega, por vários anos, dificuldades referentes à aprendizagem de conteúdos estudados nas primeiras séries de escolaridade, gerando os conhecidos “traumas” pela resolução de problemas, devido à experiência escolar particular por ele vivenciada.


Para finalizar deixo um texto, que retirei do site http://paginas.terra.com.br/educacao/calculu/Artigos/Curiosidadesmat/proferrado.htm

Quando...
É jovem, não tem experiência.
É velho, está superado.
Não tem automóvel, é um coitado.
Tem automóvel, chora de "barriga cheia".
Fala em voz alta, vive gritando.
Fala em tom normal, ninguém escuta.
Não falta ao Colégio, é um "Caxias".
Precisa faltar, é "turista".
Conversa com os outros professores,
está "malhando" os alunos.
Não conversa, é um desligado.
Dá muita matéria, não tem dó dos alunos.
Dá pouca matéria, não prepara os alunos.
Brinca com a turma, é metido a engraçado.
Não brinca com a turma, é um chato.
Chama à atenção, é um grosso.
Não chama à atenção, não sabe se impor.
A prova é longa, não dá tempo.
A prova é curta, tira as chances do aluno.
Escreve muito, não explica.
Explica muito, o caderno não tem nada.
Fala corretamente, ninguém entende.
Fala a "língua" do aluno,
não tem vocabulário.
Exige, é rude. Elogia, é debochado.
O aluno é reprovado, é perseguição.
O aluno é aprovado, "deu mole".
É, o professor está sempre errado, mas se
você conseguiu ler até aqui, agradeça a ele!


Que hoje o dia seja mais belo que ontem e pior que amanhã.
Contato: sergiomatematica@yahoo.com.br